segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ÓTIMO TEXTO!

RECEBI NOVAMENTE POR E-MAIL E POSTO AQUI!
BOA SEMANA
GABRIELA


O texto que segue abaixo foi escrito para uma formatura da FAAP, por Nizan
Guanaes, que foi o paraninfo da turma. Olhem só o que este publicitário
escreveu! Deve ser por isso que é um dos melhores redatores do mundo e dono
da DM9 (aquela que criou os bichinhos da Parmalat).

'Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para
paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho licença para dar alguns.
Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer
que seja aqui vão alguns, que julgo valiosos


Meu primeiro conselho : Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo
dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja
fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa
só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande
canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6
milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a
Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o
ganham, porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi
construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o
diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um
milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:
- 'Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo.'
E ela respondeu: -'Eu também não faço, meu filho.'
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo
contrário. Digo apenas que pensar e realizar tem trazido mais fortuna do
que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: Pense no seu País. Porque, principalmente hoje,
pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver
numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos
político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem
como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a
viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu.
Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: 'Seja quente ou seja frio,
não seja morno que eu te vomito'. É exatamente isso que está escrito na
carta de Laudiceia: Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te
vomito, ou seja, é preferível o erro à omissão, o fracasso ao tédio, o
escândalo ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza,
a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não
fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe,
lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária
oportunidade de ter vivido, tendo consciência de que cada homem foi feito
para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma
revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado para
construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar,
sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades
na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser
analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano,
dessas pessoas que vivem a dizer: 'eu não disse!', 'eu sabia!'. Toda
família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de
domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado
contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não
publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas
fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda
não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem
perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu
digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for
preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio (que é a morada do
demônio) e constrói prodígios. O Brasil, este país de malandros e espertos,
da vantagem em tudo, tem muito o que aprender com aqueles trouxas dos
japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses, que trabalham de sol a sol,
construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta.
Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do
trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua
vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai
trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as
mesmas conversas, mas o tempo (que é mesmo o senhor da razão) vai bendizer
o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e
mundos que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama SUCESSO!

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