sábado, 7 de fevereiro de 2009

Crianças com pigmentação estranha na pele afirmam ser de outro planeta


Numa tarde de agosto de 1887, perto da aldeia de Banjos, na Espanha, camponeses trabalhavam em um campo quando viram sair de uma caverna duas crianças, um menino e uma menina, cujas roupas eram feitas de um tecido que eles não conheciam e cuja pele tinha o mesmo tom verde das folhas das árvores. Esse seria um bom começo de aventura de ficção científica, mas o acontecimento realmente ocorreu. As crianças se comunicavam em linguagem inteiramente desconhecida. Especialistas vindos de Barcelona tentaram em vão identificar esse palavreado e analisar o tecido das suas roupas. Entre eles, um sacerdote, versado nas línguas estrangeiras, também não chegou a identificar a língua falada pelas crianças.
As duas crianças foram levadas ao juiz de paz local, Ricardo de Calno. Ele tentou tirar a cor verde da pele das crianças, mas não se tratava de nenhuma pintura, e sim da verdadeira pigmentação da sua pele. Observou-se que as crianças apresentavam, em seu rosto, alguns traços negros, mas os olhos, de forma mais asiática, eram amendoados. Durante cinco dias foram-lhes oferecidos os mais diversos alimentos, que eles recusaram sem exceção. Finalmente, trouxeram-lhes feijões recentemente colhidos que eles concordaram em comer. O menino, muito debilitado, morreu. Ao contrário, a menina sobreviveu. A cor verde de sua pele desapareceu gradativamente, cedendo lugar a um tom normal para um ser da raça branca. Ela aprendeu um pouco de espanhol e trabalhou como empregada doméstica na casa do juiz.

Quando a interrogaram, suas declarações não fizeram mais do que aumentar o mistério. Ela descreveu a região de onde vinha: um país sem sol, onde reinava um crepúsculo permanente. Esse país era separado, por um grande rio, de outro país luminoso, iluminado pelo Sol. Houve, bruscamente, um turbilhão acompanhado de terrível ruído, que arrebatara as duas crianças e as depositara na caverna. A menina viveu ainda cinco anos, e depois morreu. O problema ficou sem solução. No fim do século XIX, foram propostas explicações que se aproximavam da mitologia da época: as crianças teriam vindo do planeta Marte que então se acreditava habitado e fora a fraca iluminação solar desse planeta que lhes teria dado essa pigmentação verde. É conhecida a existência de crianças azuis: trata-se de uma doença que já se tomou clássica. Parece que existem também crianças verdes, cuja cor é devida a uma outra moléstia, mais rara que a doença azul, e de origem endócrina. Seria tranqüilizador pensar que alguém, por motivos desconhecidos, e talvez por superstição, havia abandonado as duas crianças verdes na caverna. A dificuldade é que nenhuma descrição de desaparecimento foi registrada, na época, nos hospitais. É inútil insistir em teorias mais modernas que incluem a quarta dimensão, ou a existência de ondas paralelas. A hipótese de um mundo subterrâneo não é a priori, mas carece inteiramente de comprovação. Nada permite acreditar que existem, em consideráveis profundidades, cavernas habitadas. Essa suposição é periodicamente levantada, mas parece anulada pelo que se conhece da estrutura da crosta terrestre.

É possível que nesse domínio se revelem coisas surpreendentes e que as numerosas tradições e lendas relativas a mundos subterrâneos (entre as quais a tradição escandinava da terra escondida, é particularmente pormenorizada) correspondam a uma realidade. Mas, no estado atual das coisas, isso parece bastante improvável. Restam muitas outras presunções: a presença dessas crianças verdes seria o resultado de uma experiência destinada a provocar reações entre os seres humanos? Se fosse esse o caso, as reações provocadas foram praticamente nulas. Quando se trata de fatos realmente desconcertantes, as pessoas não se mostram muito curiosas, e, o relato da história das crianças verdes não se encontra a não ser em registros obscuros feitos por colecionadores de coisas estranhas.

http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=3936

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