quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
Fique com alguém
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
sábado, 5 de agosto de 2017
Frações
Vivo de frações
Cada dia uma fração diferente, ou várias delas!
Às vezes completa, às vezes vazia
Quase cheia, quase ao meio...
Depende do dia
E da situação
Vou caminhando querendo me encontrar, encontrar minhas outras partes
E ao mesmo tempo querendo me perder, perder tudo, pra começar do zero
Já não provoco metamorfoses em mim como antes, mas elas acontecem
Acontecem muito. E muito diferentes!
De forma dura e profunda
Talvez melhor que nunca!
Vou em busca de frações
Me divido, multiplico, somo e subtraio
Subtraio muito ultimamente
Mas somo também
Sou um zero à esquerda, ou à direita!
Depende do contexto e em cada um deles o valor é diferente.
Vivo de frações!
Mas quem não vive?
A vida é toda feita delas...
E essas frações me deixam cada dia mais presente
Mais consciente
De cada ato meu!
Gabriela Grecco
05/08/2017
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Fundo do Poço
Cavamos, cavamos mais
O fundo nem sempre é ruim
É duro, dolorido
Mas faz movimentar
Quanto mais fundo o poço
Maior é a nossa subida
Mas difícil também...
Mais dolorida
Mas o fundo nem sempre é o final
O fundo doi
O fundo protege
O fundo nos isola
O fundo nos deixa voltados para si
Para o nosso interior
Nossas questões
Nossos medos e limitações
Há sempre como cavar mais
Mas há o momento de subir
E explorar outros horizontes
Gabriela Grecco
domingo, 25 de junho de 2017
terça-feira, 18 de abril de 2017
quinta-feira, 13 de abril de 2017
Castelo de areia
Enfrentamos tempestades, ventos, o sol, a chuva.
Planejamos, almejamos, lutamos.
Mas, às vezes, o que parecia sólido, se desfaz.
Nosso castelo tem paredes frágeis.
Nossas bases e alicerces são fracos.
O que pensávamos ser de pedra, na verdade é de areia.
E se desfaz.
Quantas vezes mais?
Quantos castelos se desfarão com o tempo?
Quantos planos, sonhos, metas, lutas diárias?
Quantas vezes mais?
De qualquer forma, mesmo se decompondo, eles nos fizeram seguir e aprender.
Mas, quanto tempo nos dedicamos à contruir esse refúgio fugaz?
Onde erramos?
Poderia ter sido de pedra, de concreto ou cimento.
Mas foi de areia.
E materiais frágeis não resistem ao tempo.
Eles se vão.
Para onde quer que tenham que ir.
Gabriela Grecco
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Difícil missão. Missão Humana
Um texto que escrevi em 07/02/2015 em um post do facebook de uma foto com minha mãe. 1 mês e meio antes dela partir.
Doi rever... mas vale a pena postar!
Boa noite!!!
Como é difícil estar somente consigo!
Como doi!
Quanto tempo vc sofreu sozinha maezinha!
A doença veio, mas nos uniu mais. Voltei pra casa.
Vc Ainda continua o dia todo só... Às vezes mesmo com gnt aqui e só!
E eu, por estar só há tão pouco tempo e por td isso da vida, tds essas dores, já sinto ainda mais dor. Não achei que fosse possível mais dor.
Poucos suportam ser suas próprias companhias. Sem amores, sem família, sem amigos, até sem vizinhos.
Queima como ácido!
O quanto te queimou mãe?!
Poucos se amam de verdade pra suportar.
Com doença e limitações então?! Missão quase impossível. Missão Humana.
A solidão de um Ser...
A solidão de um lar...
A solidão do mundo que gira sem a gente
A solidão de estar consigo e aprender a se amar de verdade, sem teoria, vivência pura!
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Peso
Arrancar com a mão!
Nossa mente e nosso coração são gravados
Diariamente
Cotidianamente
Cada ação
Cada rejeição
Cada afeto
Cada gesto
Cada escolha
Escolhemos
Não somos escolhidos
Plantamos
Colhemos
Gostaria de arrancar cada raiz
Que faz crescer tanta sujeira
É preciso tirar com toda a força
Não adianta podar
Fingir....
Gostaria de deixar o peso para traz
O que me impede?
Gabriela Grecco
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Seus cabelos
Afago... afago... enterro meus dedos
Dorme princesa
Repousa leve como a primavera
Minha mão te acaricia devagar
Teu sono eu guardo
Meu sono se foi
E esse gesto de amor me faz escrever, poetizar
Minha mão branca, colorida, desenhada, percorre por entre esses lindos fios
Moldura da face que tanto amo!
E minha mão não se cansa de afagar...
Gabriela Grecco
domingo, 15 de janeiro de 2017
Vem [minha] bailarina!
Repousa, dorme
Deixa teu sono em mim
Vem minha bailarina toca teu corpo no meu
Nossas peles não cansam de se chamar
Vem minha bailarina se aconchega em mim
Cada pedacinho a repousar
Vem
Dorme, descansa
Esquece o peso do mundo
Deixa o coração suapirar
Vem minha bailarina
Te afago
Te olho
Te acaricio
Cada curva
Cada pedaço acetinado teu
Vislumbro, sorrio, me abobalho
Vem e bailemos no torpor do nosso descanso
Coração com coração
Pele com pele
Sono com sono
Descanso
Vem!
Minha bailarina!
Gabriela Grecco