quinta-feira, 15 de julho de 2010

O gráfico de Kinsey


Kinsey foi um estudioso de extrema importância para a sexualidade humana. Através de um olhar avançado e de estudos sérios, ele alterou drasticamente a forma de ver como nós nos comportamos diante das relações.
É uma pena que muitos não conheçam seus estudos.
Ele foi um homem de bem que contribuiu muito para nossas vidas, principalmente com a vida de nós mulheres. Kinsey ajudou para que nós tivessemos a liberdade que temos hoje, pois foi através de suas pesquisas e estudos que a mulher foi vista com mais carinho e de uma forma mais igualitária.
Foi fortemente discriminado e até perseguido por defender coisas que ainda não se havia nem mencionado. Kinsey passou sua vida observando, analisando e teorizando a sexualidade humana.
Mas, isto tudo foi um primeiro e grande passo, muito ainda está por vir!
Recomendo que vejam o filme Kinsey - Vamos falar de sexo, que mostra sua vida e todo o carinho que olhava para os Seres Humanos. Eu vi um dia, por acaso, na tv aberta (!!!) e me apaixonei pela sua genialidade! Foi à partir daí que pesquisei sobre seus estudos.

Boa noite!
Gabriela


Alfred Charles Kinsey nasceu em Hoboken, Nova Jersey, em  23 de junho de 1894. Faleceu aos 61 anos, como o homem que revolucionou a discussão sexual. Antes de Kinsey, o não convencional não era comentado, era considerado como anomalia. Era um campo onde a ciência não ousava desafiar a moral vigente. Hoje ainda, seus estudos norteiam pesquisadores e cientistas.

Pai da sexologia, da revolução sexual dos anos 60. Na verdade, em sua formação, era biólogo. Largou o curso de engenharia para cursar biologia e se tornar doutor em Harvard, defendendo a diversidade padrões de uma espécie de vespa. O pai, professor conservador e religioso, não via com bons olhos os estudos do filho. Sofreu de raquitismo na infância, que deixou seqüelas físicas.

Casou-se com Clara McMillen e teve quatro filhos. Na Universidade de Indiana completou seu trabalho de capturar e catalogar mais de um milhão de vespas, que foram doadas ao Museu Nacional de História Natural, em Nova York. Lá, iniciou um centro de estudos sobre a sexualidade humana, hoje Instituto Alfred Kinsey, além de criar o primeiro curso de sexologia.

Depois de concluir sobre a diversidade das vespas e de padrões de acasalamento, Kinsey percebeu que era hora de mostrar que o ser humano seguia as mesmas variações. O professor doutor treinou e qualificou diversos pesquisadores para percorrerem o país com o seu questionário. A publicação veio em 1948, o famoso relatório sobre a sexualidade humana (Sexual Behavior in the Human Male) caiu como uma bomba na moralidade norte-americana.

Kinsey virou celebridade e seu trabalho um dos livros científicos mais vendidos. Em 53, foi publicado um novo volume, sobre a sexualidade das mulheres (Sexual Behavior in the Human Female). Segundo os estudos de Kinsey, 92% dos homens e 62% das mulheres se masturbava. E 37% dos homens e 13% das mulheres já tinham tido uma relação homossexual que lhes tinha proporcionado um orgasmo ao menos. O sexo não era mais um segredo entre quatro paredes.

Kinsey também classificou a sexualidade humana, retirando o rótulo sexual tradicionalmente machista que vigorava até então. Kinsey disse que a sexualidade não era estática ou imutável e que, embora tenha classificado o modo de se fazer sexo entre os seres humanos, sua classificação não era uma regra. Ou seja, além de não existir apenas dois padrões sexuais, o Ser Humano pode variar seus padrões em sua vida, já que eles não são uma regra. Ele identificou os seguintes padrões sexuais: 

heterossexual exclusivo; 
heterossexual ocasionalmente homossexual;  
heterossexual mais do que ocasionalmente homossexual; 
igualmente heterossexual e homossexual (bissexual); 
homossexual mais do que ocasionalmente heterossexual;
homossexual ocasionalmente heterossexual; 

homossexual exclusivo; 
indiferente sexualmente.

O estudo de Kinsey sempre enfrentou forte oposição dos católicos, tendo surgido diversos boatos sobre a sexualidade e procedimentos bizarros supostamente usados pelo pesquisador. Um fato é que os estudos de Kinsey possibilitaram o embasamento científico para retirar em 1973, a homossexualidade da lista de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria e no Código Internacional de Doenças, CID, da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1986. Em 2004, foi lançado o filme ‘Kinsey – Vamos falar de Sexo’, contando a vida do cientista.


TEXTO RETIRADO DO SITE, COM ALGUMAS ALTERAÇÕES E FORMATAÇÕES MINHAS: http://www.revistaladoa.com.br/website/artigo.asp?cod=1592&idi=1&moe=84&id=2471

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