terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Descartável

O coração pulsa
A consciência fala, grita, esbraveja!!!
Idiota!
Dor no peito
Dor no peito
Dor no peito!
Quantas vezes já a senti?!
Se não bastasse tantas vezes enxergar
Na mesma pedra hei de pisar
Porque após todo sofrimento
A dor se esquece
Não sou de gelo
Não sou!
E tenho pena de quem seja
O valor do conquistado
Com o tempo estou perdendo
Eu desviei tanto meu caminho...
Descobri e vi coisas
Que estariam fora do meu alcance
Não quero essa vida pra mim!
Jamais!
Nossa, hoje mais do que nunca, posso sentir!
Olhar pro lado
Olhar pro lado
Olhar pro lado
O tempo perdido...
Para de procurar criatura!
Para!!!
Objeto descartável...
Reciclável, renovável
Será?!
Prometi o que não poderia dar
O mesmo fizeram à mim
Prometer sem o ter
É atitude insana dos fracos
É desespero
É fadiga
É solidão!
Reciclável, descartável...
Ingrata sou
Ingrata fui
Ingrata serei...
Se para o lado não mais olhar
E deixar florescer tudo de belo e lindo guardado aqui
Cultivado com carinho há tantos anos
Espero poder ter o perdão
Eu espero me perdoar...
Mais uma vez!
Eu não nasci para ser de gelo
Sou Humana
Sou Insana
Sou mulher...
Sou poesia
Sou sentir, ver, tocar, apreciar
Eu sou tudo que um Ser pode ser
Só não posso mais...
Ser Ingrata, Idiota e Descartável!!!

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